quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

HISTORIANDO 15

Auschwitz

À entrada do campo a frase: Arbeit Macht Frei, i.e., O Trabalho Liberta

Aushcwitz é a designação em alemão da localidade polaca Oswiecim, na província de Katowice, a cerca de 60 quilómetros a sudoeste de Cracóvia.

Durante a Segunda Guerra Mundial os nazis instalaram, nos arredores da povoação, um complexo de campos de concentração que ficaram, tristemente, célebres pela tragédia humana ali ocorrida ao longo de vários anos.

Auschwitz, criado em maio de 1940, foi o maior de todos os complexos de extermínio nazis. Compreendia, efetivamente, quatro campos e trinta e oito "comandos" (casernas e edifícios militares e "administrativos").

Um dos campos, Birkenau, com as suas quatro gigantescas câmaras de gás, era o lugar onde a "solução final" do povo judeu através de um "tratamento especial", atingiu a triste cifra de 20 000 incinerações por dia. No campo de Auschwitz, propriamente dito, os detidos serviam, por exemplo, de "cobaias" humanas para experiências "in vivo" dos tenebrosos médicos das SS (corpo paramilitar de elite).

Homens e mulheres, principalmente polacos e judeus, foram explorados até ao limite humano. Milhares e milhares acabaram eliminados nas câmaras de gás. Muitos dos mártires de Auschwitz eram também crianças, muitas das quais submetidas a experiências biológicas (como os casos de gémeos). Outros dos que ali estiveram presos trabalhavam para a fábrica de Buna-Monowitz, a IG Farben.

Em transferências de campos, morreram cerca de 80 000 pessoas, entre muitas tristes imagens e cifras contabilizáveis ou, talvez, ainda por contabilizar. Os registos nazis relatam apenas a morte de pouco mais de duas centenas de milhar de detidos.

Avalia-se atualmente em cerca de três a quatro milhões de indivíduos, na maioria judeus, metade dos quais oriundos da Polónia, o número de vítimas desta gigantesca e cruel máquina criminal nazi.

Auschwitz foi libertada em 27 de janeiro de 1945 pelos russos, mas ainda assim as SS conseguiram retirar, dez dias antes, numerosos "detidos" que transferiram ainda para outros campos de extermínio e reclusão, como Buchenwald e Dora.

Os responsáveis desta macabra "campanha" de extermínio em Auschwitz foram condenados pelo tribunal de Nuremberga depois da guerra ter acabado. Não obstante, muitos nunca demonstraram qualquer arrependimento ou consciência daquilo que fizeram, e alguns dos "médicos" exterminadores conseguiram obter refúgio seguro e impunidade junto das ditaduras militares sul-americanas.

Naquilo que foi a estrutura construída do campo de concentração, foi erigido em abril de 1967, a expensas de antigos presos, diversos governos e povos, o Monumento Internacional do Martírio, da traça de arquitetos italianos e polacos.

O campo de concentração de Auschwitz foi classificado Património Mundial pela UNESCO.

Auschwitz in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021

[consult. 2021-01-26 17:21:35].

Disponível na Internet: 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 HISTORIANDO 14

Celebra-se hoje, dia 27 de janeiro de 2021, Dia Internacional da Memória do Holocausto, o 76º aniversário da libertação de Auschwitz. É um dia para homenagear a memória dos seis milhões de judeus mortos e de milhões de outras vítimas do nazismo e promover a educação sobre o Holocausto em todo o mundo, para que tal nunca mais aconteça.

Convido-te a visitares a primeira estrutura construída do campo de concentração de Auschwitz, guiado por Daniel Oliveira na reportagem especial para o programa Alta Definição da SIC. Para embarcares, clica na imagem:



Na página da Ensina RTP sobre o Holocausto, pode ler-se:

Entre maio de 1940 e janeiro de 1945 morreram no campo de concentração de Auschwitz mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, transformando aquele complexo numa das principais fábricas da morte do nazismo. Hoje é um local de visitas e reflexão...

Roupa. Malas. Sapatos. Óculos. São milhares de peças que se acumulam pelas salas de Auschwitz, testemunhando com o seu silêncio o destino de um milhão e trezentas mil pessoas que ali foram mortas pela ideologia nazi.

Entre as pilhas de objetos há ainda várias toneladas de cabelo, cortadas da cabeça de mulheres que entraram no campo completam um quadro de terror numa escala industrial nunca vista até então.

Ainda hoje os visitantes não conseguem ficar indiferentes. Para além de milhares de visitantes que ali se deslocam de forma individual, acompanhados de familiares ou amigos, há também muitas escolas que levam turmas inteiras ao campo para que estes conheçam “in loco” a temática do holocausto estudada nas aulas.